Existe um distúrbio do sono caracterizado por quadros diurnos de sono excessivo e sabemos que tudo que é em excesso faz mal, não é mesmo?
Mesmo que a pessoa tenha tido uma noite de sono prolongada, tranquila e na quantidade necessária, a Hipersonia é a dificuldade de se manter desperto durante o dia, existindo a possibilidade de adormecer a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer situação, o que gera um sinal de alerta.
As consequências são cochilos constantes e períodos de sono incontroláveis. Esses casos podem ser mais recorrentes em homens e a primeira crise ocorre no início da adolescência e pode ser breve e incomum que se apresente depois dos 30 anos.
A sonolência diurna excessiva é uma condição neurológica rara que pode ser classificada como primária ou secundária.
Recebem o nome de hipersonia idiopática primária, os episódios de sonolência diurna excessiva, de causa desconhecida, e que não podem ser atribuídos a alterações no ciclo circadiano, nem a horários invertidos do sono, como é o caso daqueles que ocorrem com as pessoas que precisam dormir durante o dia, porque atravessam a noite trabalhando.
A hipersonia é classificada como secundária, quando os quadros de sonolência excessiva permitem estabelecer uma ligação com outras condições de saúde, tais como 1) o uso de medicamentos, 2) transtornos psiquiátricos, 3) lesões traumáticas, ou 4) a síndrome do sono insuficiente.
Existem várias causas possíveis para a hipersonia, e estas podem variar de acordo com a natureza da condição. Algumas das causas mais comuns incluem:
1️⃣Distúrbios do sono: Diversos distúrbios do sono podem levar à hipersonia. A apneia do sono, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas e distúrbios do ritmo circadiano são exemplos de condições que podem interferir na qualidade do sono e resultar em sonolência diurna excessiva.
2️⃣Problemas médicos: Algumas condições médicas, como hipotireoidismo, diabetes, anemia e infecções crônicas, podem causar fadiga e sonolência.
3️⃣Medicamentos: Certos medicamentos, incluindo alguns antidepressivos, antipsicóticos, sedativos e anti-histamínicos, podem causar sonolência como efeito colateral.
4️⃣Distúrbios neurológicos: Doenças neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson e acidente vascular cerebral, podem afetar o funcionamento normal do cérebro e contribuir para a hipersonia.
5️⃣Estilo de vida e fatores ambientais: Hábitos de sono inadequados, como uma má higiene do sono, trabalho por turnos, falta de atividade física e dieta desequilibrada, podem contribuir para a sonolência diurna excessiva.
6️⃣Genética: Em alguns casos, a predisposição genética pode desempenhar um papel na hipersonia, especialmente se houver histórico familiar de distúrbios do sono.
7️⃣Estresse e ansiedade: Altos níveis de estresse e ansiedade podem afetar negativamente o sono e levar à hipersonia.
8️⃣Transtornos psiquiátricos: Alguns transtornos psiquiátricos, como a depressão, podem estar associados à hipersonia.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas de hipersonia, é fundamental procurar a orientação de um profissional de saúde, como um médico ou um especialista em distúrbios do sono. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado dependerão da identificação da causa subjacente da hipersonia.